segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Hats/Chapéus (I)
Mulher de Vila Nova de Famalicão, Portugal, inícios do século XX, com chapelinho de feltro (portuguese peasent woman with a black pompom hat ressembling oriental skophia). Constituído por rebordo ou virola exterior e calote semi-rígida, exibe a toda a volta do rebordo superior da copa pompons pretos de aparato.
Este tipo de chapéu feminino conheceu ampla voga no Baixo Minho, Douro Litoral e Beira Litoral. De ilharga mais baixa ou alteada, sem ornamentação, já a imitar tendências fidalgas burguesas, chega a exibir florinhas artificiais, penas e pompons. Nalgumas localidades, como Vila Nova de Gaia (zona de Grijó), os pompons eram popularmente conhecidos por "maçanetas".
De Coimbra para sul, sofreria modificações, a tal ponto que na Nazaré, tomaria configuração distintiva, com a abinha atrofiada e agigantado pompom preto lateral. Na Região de Santarém voltam a emergir os modelos de feltro retesados, mais próximos dos padrões da Beira Litoral e Douro Litoral. O Grupo Académico de Danças Ribatejanas, de Santarém, possui um exemplar preto, com ornamentação singela à base de penas de ave, cuja estrutura é a mesma do barrete/"skophia" dos bispos cristãos da Etiópia.
Estes chapelinhos femininos portugueses despertam as atenções, seja pelo seu aspecto ostentatório (que os aproxima das coberturas de cabeça judiciárias e de docentes universitários), seja pela insólita familiaridade com as skophias clericais romenas e etíopes.

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