sábado, 5 de julho de 2008

Camareiro papal (I)
"Bussolante che porta la tiara", registo anterior a 1844, divulgado por Nicolas Dally.
Nos cortejos solenes pedestres e nas cavalgadas de aparato, as coberturas de cabeça eram publicamente exibidas com grande ênfase, na continuidade do triunfo romano.
O costume, comum às instituições monárquicas, militares e judiciárias, manteve-se até pelo menos 1969.
O camareiro transporta a tiara num suporte oval de madeira e não em almofada agaloada ou salva de prata.
Os oficiais "bussolanti" não envergavam "mantelletta" (opa curta, sem mangas), nem mantellone (sobreveste munida de mangas, tipo sobretudo ou gabardine, mas distinta do viatório), mas a antiga loba, composta por sotaina azulada e soprana ou chamarra vermelha com as típicas meias mangas. Contudo, na gíria da Casa Papal, a chamarra ou garnacha dos camaristas tinha a peculiar designação de "crocia", curioso termo que em Portugal serviu para designar as capas de palha dos camponeses. A referida veste era completa por cinto de pontas e murça de avantajado capuz dorsal.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial