terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Biaude
Os alunos das escolas técnicas francesas usam diariamente uma bata de trabalho oficinal, conhecida por "blouse" ou "biaude". No 1º e 2º anos, a "biaude" é em tecido cinzento, comporta nas costas uma tira amarela onde se gravam a alcunha e o número de matrícula, ficando a restante decoração ao critério e engenho do proprietário e amigos. No último ano, a bata passa a ser branca e continua a receber desenhos e dedicatórias.
Em Cluny e Châlons existem praxes social e culturalmente toleradas e bem aceites, embora ninguém assuma o termo "bizutages" para não entrar em rota do colisão com o proibicionismo imposto pelo ministério da tutela.
Em entrando em Cluny, os caloiros são apadrinhados por alunos mais velhos, os "anciens", que iniciam os seus pupilos na complexa gíria estudantil, no rico anedotário e nas canções goliardas, com base na construção de uma rede de laços familiares, com traços comuns às relações mestre-aluno praticadas nos antigos mosteiros e no sistema de apadrinhamento caloiro-veterano da Universidade de Coimbra.
Batas pintadas e grafitadas são também usadas por universitários belgas e por alunos de universidades politécnicas francesas que se inspiraram nos costumes "gadzarts".
(Imagem do acervo do Musée de l'École de Cluny)

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