quarta-feira, 24 de dezembro de 2008



La Calotte

A generalidade dos estudantes universitários católicos belgas não usa o képi prussiano (la penne) mas sim uma barretina de pele de cordeiro que parece constituir uma réplica da "pillbox" usada pelos cadetes britânicos desde 1858, por estutudantes esgrimistas alemães, suiços e austríacos, e por militares portugueses e alunos do Colégio Militar.

De acordo com o relato oficial, e sem que se rejeite a origem militar, as associações estudantis belgas entroncam esta cobertura de cabeça no "colbach" usado pelas tropas zuavas húngaras ao serviço do papa. Os estudantes católicos belgas que combateram ao lado das hostes papais e participaram na tomada de Roma em 20.09.1870 terão trazido para Louvaina o "colbach", numa altura em que a cobertura de cabeça mais usada entre os estudantes era o boné prussiano.

Em 1877 realizou-se na Bélgica uma reunião geral de delegados do ensino superior, com vista à criação de símbolos e distintivos. Na referida sessão chegou a aventar-se a hipótese de adopção barrete dos estudantes de Oxford. Mas o boné ou képi preto prussiano continuou em uso, sendo então designado por "crapuleuse". No ano lectivo de 1894-1895 o estudante Edmond Carton de Wiart, da Société Générale Bruxelloise des Étudiants Catholiques, dinamizou o lançamento da Ordre de la Calotte, na cidade de Louvaina, que teve um papel decisivo na tradicionalização da barretina. Em 1898, "la calotte" estava popularizada nas comunidades estudantis de Gand e de Liège. Passou a ser o símbolo dos estudantes católicos e tradicionalistas valões, ligado aos baptismos iniciáticos de caloiros (les bleus), às festividades do São Nicolau dos Estudantes e a diversos momentos da vida académica.

(La Calotte, http://www.cerclesaintlouis.com/folklore_calotte.html)

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