quarta-feira, 22 de abril de 2009


E. Benjamin
Na transição do século XIX para o século XX as primeiras mulheres formadas em Direito ingressaram em profissões jurídicas tradicionalmente monopolizadas por homens, como a advocacia e a solicitadoria. Nas universidades tributárias do paradigma anglo-saxónico a toga talar masculina foi convertida sem sobressaltos em veste unissexo. Em França, país onde se não realizava a cerimónia de formatura nas universidades (como tal, não havia traje discente), as primeiras advogadas começaram a usar a toga forense masculina. Curiosamente seria no "país da liberdade e da igualdade" que mais se levantariam vozes misóginas contra a presença da mulher na advocacia.
Nos EUA, não existindo veste profissional forense, as primeiras advogadas usarem traje civil de época. Em Portugal, a primeira advogada, Regina Quintanilha estreou-se no Tribunal da Boa Hora em 1913 com toga masculina. Reporta a comunicação social da época que foi bem recebida e aplaudida.
Em países como a Inglaterra, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, o ingresso das mulheres nas profissões jurídicas representou um processo bem sucedido. A peruca, o plastron e a toga foram transformadas em veste profissional unissexo. Serve de exemplo esta fotografia de Ethel Rebecca Benjamin (1875-1943), formada em Direito pela University of Otago no ano de 1897. Em 10 de Maio de 1897 foi admitida como primeira advogada e solicitadora na Supreme Court da Nova Zelândia. Imagem da época de estreia, com peruca, plastron e toga profissional de excelente confecção.

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