sexta-feira, 19 de junho de 2009


Egas Moniz
Estátua colossal de vulto de António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz (1874-1955), antigo estudante e docente da UC que a partir de 1911 integrou o corpo docente da Faculdade de Medicina da UL.
Trabalho da autoria do escultor Euclides Vaz, foi assente em 1974 no terreiro fronteiro ao Hospital escolar da Santa Maria, em Lisboa. A obra encontra-se assinada e datada.
A indumentária docente da UC ressente-se de falta de rigor, lacuna que começa em 1883 quando António Soares dos Reis molda a maquete do Avelar Brotero destinado ao Jardim Botânico de Coimbra, e se prolonga pelo século XIX, atingindo uma dimensão de guarda-roupa hollyoodesco/fantasioso nos jurisconsultos do pórtico da Faculdade de Direito da UL (Almada Negreiros).
Doutorado em 14 de Julho de 1900, em Medicina, Egas Moniz usou as insígnias doutorais conimbricenses e o hábito talar de figurino laico-burguês em voga entre os lentes não eclesiásticos, conjunto indumentário e insigniário que passou a envergar na UL após a sua integração ocorrida a 1 de Abril de 1911.
Euclides Vaz, certamente por desconhecimento e falta de apoio iconográfico, opta por figurar Egas Moniz com batina talar, capa talar e borla e capelo. O erro radica justamente na abordagem da batina, pois na época em que Egas Moniz se doutorou e leccionou na UC apenas os lentes eclesiásticos continuavam a usar a batina comprida, estando então vulgarizada uma casaca preta embainhada pela meia-perna, pequeno uniforme a que após 1916 a UC concedeu o sortilégio de traje de gala.

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