segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Capa de gala
Monsenhor Merry del Val, delegado papal no Canadá, fotografado em 1897 com batina talar, capelo romano (chapéu com cordão e borlas, também conhecido por saturno) e capa talar de cerimónia.
A capa talar, capa de honras, ferraiolo ou mantéu é uma peça de vestuário usada desde o século XVI por eclesiásticos, magistrados e altos dignitários académicos.
De acordo com o cerimonial romano, o ferraiolo de cor preta era comum a seminaristas, clero secular e clero regular. Os cadeais tinham o privilégio da seda moiré, na cor escarlate. Bispos, arcebispos e monselhores podiam usar o ferraiolo em seda púrpura.
O mesmo modelo, em cetim preto, foi usado pelos juizes do Supremo Tribunal de Justiça de Portugal e do Brasil, permanecendo o seu uso no Supremo Tribunal Federal do Brasil.
Com bainha pela meia perna, o ferraiolo ou mantéu era a capa de gala dos oficiais maiores e menores das câmaras municipais e tribunais, bem como dos vereadores e presidentes de câmara.
No século XVIII e na primeira metade do século XIX o ferraiolo foi usado na maior parte das comunidades rurais portuguesas como peça da indumentária domingueira feminina.
O mesmo modelo, com as características bandas peitorais e o cabeção foi também usado pelos lentes e estudantes da UC, sendo o dos escolares em tecido comum e o dos lentes em seda. Na actualidade é quase impossível avistar este tipo de capa na UC, embora haja docentes eclesiásticos detentores do modelo referido.

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