segunda-feira, 21 de dezembro de 2009


Capa de inverno
Distinta do ferraiolo (ou mantéu) em feitio e em corte é a capa cerimonial de inverno, peça da indumentária eclesiástica, burguesa, fidalga e académica, que em Portugal é mais conhecida por capote.
Em Portugal foi parte integrante da indumentária domingueira masculina provincial, assinalada em casamentos, baptizados e funerais.
Não possui mangas nem cabeção. A toda a volta do colarinho é cosida uma romeira ou capelo. O modelo "rico" português fecha na frente com alamares e tem o colarinho guarnecido de veludo. Em Itália, o capote é designado por "tabarro". A fotografia documenta o tipo veneziano setecentista com o corpo em seda preta lavrada, romeira de veludo com guarnições e fecho à base de alamares.
Nos meses de inverno o capote ou tabarro era o abafo mais usado pelos membros do clero. Quando confeccionado em vermelho, com guarnições douradas, o tabarro é privativo dos papas (que não usam o ferraiolo) e dos cardeais. Este tipo de agasalho chegou a usar-se na UC nos séculos XVI e XVII, tendo sido proibida por se constatar que os estudantes atiravam o capelo pela cabeça e se embuçavam para praticar pulhas e agressões.

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