domingo, 14 de março de 2010

Banquete em honra do laureado Gérard Bricogne (28.01.2001)
O banquete em honra de altos dignitários faz partes de diversos sistemas culturais, que não apenas da cultura católica mediterrânea. No conspecto protocolar das relações diplomáticas bilaterais e multilaterais, monarquias e repúblicas continuam a manter o banquete de homenagem como momento alto da arte de bem receber. No tempo presente, os partidos políticos, mesmo os de tendência mais radical, não arriscam fazer um comício sem refeição colectiva, tradição herdada em linha recta das estratégias políticas dos imperadores romanos.
Nas comunidades agro-pastoriais ibéricas as festividades cíclicas eram frequentemente marcadas por ingestão de comida, bebida e libações. Os banquetes colectivos podiam ser feitos em terreiros e alpendres, disponibilizando livre distribuição de alimentos e bebidas (bodos). Nas universidades históricas o banquete é designado "prandium" e ainda ocorre. Em Coimbra, os actos grandes preceituavam que o novo doutor convidasse o órgão de gestão da universidade, os seus familiares e padrinho e todos os doutores, a começar pelos da sua Faculdade. Da ementa faziam parte vinhos finos e a oferta de ovos doces a determinados dignitários. O rito relativo a outros graus obrigava à distruição de confeitos de acúçar, curiosamente o mesmo doce que era distribuído ou atirado sobre os noivos nas cerimónias de casamento. EM Salamanca retomou-se nos últimos anos o refresco de vinho fino e doce maçapão.

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