segunda-feira, 5 de abril de 2010


Honoris causa em Montpellier
Momento da investidura do Presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, no dia 31 de Março de 2009, na Faculdade de Direito da Universidade de Montpellier.
A toge de tipo francês (na verdade modelo napoleónico) corresponde a um modelo uniformizado que se usa nas universidades, politécnicos e escolas normais desde a época napoleónica. Na década de 1960 a toge foi profundamente desacreditada pelas elites juvenis e franjas radicais de docentes. Na sequência, a toge deixou de ser usada por longos anos nas universidades francesas. Nos anos 70 e 80 do século XX alguns momentos relevantes da vida universitária francesa foram vividos em indumentária civil ou em casaca de abas de grilo (defesa de teses de doutoramento). Situação idêntica seria vivida nas universidades alemães, país onde se nota um tímido regresso à toga desde 2005.
O processo de Bolonha conduziria os órgãos de gestão das universidades francesas a repensar o abolicionismo e a total ausência de ganhos símbolos daí resultantes. Enquanto algumas universidades francesas continuam a praticar os dogmas do abolicionismo sixtie, outras enveredam pela replicação dos eventos norte-americanos e outras há que começam a reinventar-se através da sua própria tradição (via diferenciadora).
Montepellier 1, fundada em 1289 e membro do Coimbra Group, apresenta sinais de retorno à toge de modelo geral, mas volta-se para o barrete doutoral à Rabellais e para o capelo de dupla romeira.

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