sábado, 15 de maio de 2010


Capote e capelo das "ilhas de baixo"
Postal ilustrado de cerca 1910, captada na cidade da Horta, documenta o modelo em uso nas ilhas do Faial e Pico
Sobre esta peça de indumentária escrevera em 1888 Fialho de Almeida os piores horrores, imaginando que as mulheres açorianas estariam obrigadas ao uso de uma espécie de burka islâmica! Ora, as açorianas usavam o capote e capelo por sua livre vontade, assumindo-o como instrumento de afirmação social. Só as elites burguesas é que queriam ver no capote e capelo um símbolo de atraso cultural.
O capote, em lã ou merino, era em preto ou em azul ferrete e levava uns bons metros de pano. O capelo, também ele entretelado e armado com cartão e barbas de baleia, era cosido ao colarinho do capote e abria na frente lembrando o corpo de uma raia.

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