segunda-feira, 14 de junho de 2010


Habitante de Madrid, finais do século XIX, com a capa espanhola ou panosa
Trata-se do mesmo modelo que em Itália dá pelo nome de tabarro em em Portugal de capote. Peça de indumentária civil e religiosa, confeccionada em lã de boa estirpe, constituída por ampla capa preta, castanha ou azul-ferrete, superiormente cosida a um colarinho, e guarnecida por uma esclavina ou romeira que protege os ombros, costas e peito. Fecha com alamares de prata, de passamanaria e pode comportar lavores vegetalistas a fio e agulha de bordadeira.
O capote ou capa de rebuço usou-se em todas as províncias de Portugal, Açores inclusos, em versão unissexo. Nalgumas localidades o colarinho era forrado de veludo (terciopelo), como acontecia no capote da Ilha Terceira.
Traje de ir à missa, de casar, de funerais e de brigas vicinais, o capote foi depreciado por autoridades zelosas para quem o rebuço era considerado sinónimo de criminalidade. Até 1969 foi capa invernal de clérigos e capa de arruar de altos dignitários católicos.
A chamada capa espanhola tem sido alvo das atenções de movimentos cívicos preservacionistas. A primeira associação cívica de defesa da capa surgiu em Madrid no ano de 1928 e ainda se mantém em actividade. Na actualidade, esta peça de indumentária tem motivado encontros provinciais, estudos e reportagens televisivas.
Mais informação:
-Amigos de la capa de Madrid, http://amigoscapamadrid.com/articulos.htm;
-Amigos de la capa española en Cataluña, http://www.casademadridenbarcelona.com/es/?page_id=1040;
-La capa española y la pañosa, http://amigosdelacapamadrid.com/capa.htm;
-Asociación Amigos de la Capa, http://amigoscapamadrid.com/enlaces.htm;

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial