sexta-feira, 11 de junho de 2010


O Gran Canciller da Universidade de Navarra com três honoris causa, entre eles o então Cardeal Joseph Ratzinger (doutor pela Faculdade de Teologia, 2.02.1998)
Ratzinger opta por vestir a toga, mas poderia ter envergado hábito talar romano próprio dos cardeais, no que estaria plenamente autorizado pela antiga tradição ibérica e pela legislação académica espanhola.
O magno cancelário veste batina talar avivada, faixa de seda, capa talar preta, murça preta de veludo (reservada aos reitores), solidéu e grande colar. A cobertura de cabeça do cancelário é o barrete preto octavado, com borla de seda preta e franjas em ouro.
Em Portugal apenas duas universidades consagram a figura do cancelário. A Univ. de Coimbra, onde o Magno Cancelário é o próprio reitor, situação que desde 1834 origina hilariantes gafes protocolares que fazem lembrar as macarrónicas orações que se davam a fazer aos caloiros. Ele há vezes em que se diz "Exmo. Cancelário", ele há vezes que que se diz "Senhor cancelário", ele há vezes em que reitor vem primeiro e cancelário depois, dislate protocolar que em si mesmo fere de nulidade os actos solenes, pois o cancelário precede sempre a função e o título de reitor, sendo ele e unicamente ele que confere legitimidade e licença para a realização do acto. Apenas poderá substituir o Cancelário o chefe de estado, prerrogativa que estes inteligentemente costumam dispensar, realizando que na sua casa e nos actos solenes devem ser as autoridades académicas a presidir.
A outra instituição que tem cancelário é a Universidade Católica Portuguesa, aqui designado por Magno Chanceler, forma de dizer que replica a tradição espanhola e britânica. Em Coimbra, conforme se apontou, Cancelário é o próprio Reitor e Chanceler é o Director da Faculdade de Direito, sendo que no passado este último tinha o carrego de chancelar os diplomas solenes e ao tempo presente consta que pouco ou nada chancela.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial