sábado, 11 de dezembro de 2010


Bela fotografia do Cardeal Mateucci (1802-1866) com a abatina ou hábito curto. Usa solidéu, tricórnio, condecoração e cebolão cuja corrente se adivinha fixada na carcela. O modelo é exactamente o mesmo padronizado pelas oficinas de uniformes da Guerra Civil norte-americana à entrada da década de 1860. Do outro lado do Atlântico usavam-se a lã azul ferrete e a bainha era mais curta.

1 Comentários:

Blogger Gil Raro disse...

Boa tarde,

Chamo-me Gil Raro e, desde já os meus muitos parabéns pelo blog. É sem dúvida um espaço de "desmistificação" destas, muitas vezes, carnavalescas situações no que toca ao traje académico e derivados.

Formei-me nas Belas Artes do Porto, onde também fui praxado, no entanto nunca muito convencido no que lá se passava. Faço parte do Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira e lá tenta-se sempre perceber as questões da indumentária ao seu mais preciso nível e contexto histórico (daí o actual traje académico nunca me ter convencido, começado pelo talhe etc. etc. etc.).

Molesto-o com este, no entanto, não por questões de trajes académicos mas sim por trajes eclesiásticos:

Reconhecendo que a actividade religiosa não se pode desassociar do cotidiano do nosso povo (para uma melhor e mais pedagógica apresentação "folclórica") o nosso grupo apresenta, por vezes, (na minha pessoa) a figura do "sôr Abade". Sendo conhecedor de muitos rituais romanos e mais dentro da paramentaria, a minha questão surge sobre o modelo de sotaina que era utilizado por um clérigo secular na época compreendida entre 1880 e 1900.

Eu utilizo uma batina não muito antiga, debruada com tirante de seda preta, cabeção na manga, sobremanga e sem corte redondo de costas ou manga. (c.1970 - seminarista). No entanto para uma melhor representação épocal gostaria de saber qual o formato a utilizar, desde os sapatos de fivela, às meias, ao calção ou calça, nível de botões, talhe da sotaina e se capelo ou biretta (que tenho ambos).

Desculpe comentar aqui, mas não consegui comentar em nenhuma área privada.

Aguardo resposta,

Atenciosamente,

da Vila da Feira:
GIL RARO

6 de agosto de 2017 às 13:11  

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