domingo, 11 de setembro de 2011




Algumas das variantes presentes nos desenhos, nomedamente B e C, parecem familiares? Eu já vi isto em qualquer lado, não me lembro é bem onde... trata-se de um modelo de capa feminina aristocrática usada na Europa e na América entre ca. 1750-1810. No auge do período napoleónico, a moda império trouxe os capotes e capotões de tipo militar, que em Portugal logo foram adoptados com nomes como josezinho, capote, capote alentejano, capote militar.


Era constituída por ampla capa talar de bainha em godés, em lã preta, azul ferrete ou vermelha. Podia ser forrada nos modelos de confecção rica. Apertava na frente com um cordão cosido ao colarinho. Algumas variantes destacavam-se pela exibição de uma meia capa ou romeira fixada em torno dos ombros, modelo que se radicou nas mulheres fidalgas e nas camponesas abastadas da Ilha Terceira, Açores (ali conhecida por capote e capelo, peça distinta do mais ancestral manto). O colarinho era guarnecido por um cabeção de bainha recortada, rematado em bico no meio das omoplatas. Peça obrigatório era o capuz, do mesmo pano da capa, pregado ao colarinho e fechado em forma de saco. Num ou noutro modelo, do fundo do capuz pendia um adorno à base de cordão e borla.


A moda pode ter muitas vidas. Com a designação de capote esta antiga capa reganhou novos usos unissexo entre os estudantes do Instituto Superior Politécnico de Bragança.

1 Comentários:

Blogger jvcosta disse...

Capote e capelo de S. Miguel: seu post de 6.11.2010

12 de setembro de 2011 às 08:25  

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