sábado, 5 de novembro de 2011

Imagem 4: espectáculo nocturno de fogo de artifício na Av. da Liberdade, 13.12.1903. Integrado nas grandes festividades cívicas, monárquicas e religiosas desde o Renascimento, o fogo de artíficio povoou rapidamente o imaginário de todos os grupos sociais e atingiu o auge na época barroca. As explosões aéreas multicolores simbolizavam o uso da pólvora e dos explosivos em contexto de paz, associados à alegria. Nos finais do século XIX tornam-se famosos os espectáculos de girândolas de foguetes à moda do Minho nos arraiais religiosos, festas de fim de ano dos estudantes de Coimbra, festas da rainha Santa Isabel em Coimbra, festas de Viana do Castelo e sanjoaninas do Porto. Gastavam-se fortunas para contratar os melhores fogueteiros e encomendar os mais insólitos explosivos. Um espectáculo era admirado pela beleza das cores, pela diversidade dos explosivos, pelo tempo que durava e pela muldidão que conseguia juntar. Símbolo do aparato festivo por excelência, o fogo de artifício servia também para empolar as rivalidades entre terras e comissões festivas e mostrar o poder económico e as capacidades realizadoras de cada uma delas. Em certas localidades, o espectáculo fluvial de fogo de artifício lançado a partir de barcos foi conhecido por "serenata".

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