sábado, 5 de novembro de 2011

Imagem 5: visita oficial de Afonso XIII de Espanha à Câmara Municipal de Lisboa. A CML ocupava lugar de relevo no cerimonial monárquico desde tempos imemoriais. Primus inter pares no conspecto dos municípios portugueses, o presidente do município da capital tinha primazia entre todos os demais presentes de municípios. A CML era obrigatoriamente incluída em todos os programas relativos a cerimónias solenes de Estado: aclamação de monarcas, quebra dos escudos, recepção a altos dignitários que desembarcavam no Terreiro do Paço. O regime republicano manteve em parte esta tradição, seja por via da proclamação da República na varanda dos paços do concelho (proclamar na varanda da câmara municipal era uma tradição monárquica associada à inauguração de um reinado. Outra explicação para o mediático acto de José Relvas é a imitação à letra da proclamação da Republique em Paris. E contudo, a casa que representava a soberania popular constitucional era o Parlamento), seja por via da sua celebração anual a 5 de Outubro.

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