segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O revivalismo arquitectónico na Exposição Universal de Paris de 1878. Pavilhão português de fachada neomanuelina. Em pleno auge do ferro e do vidro, os arquitectos puseram-se a reciclar o gótico, o manuelino e o mourisco. A epidemia do retro generalizou-se invadiu os cemitérios. De repente viam-se mausoléus neogóticos por todo o lado.
A maior parte dos países participantes foi pelo mesmo caminho. A Expo 1878 afirmou-se como uma parada de exibicionismos nacionalistas, imperialistas e tecnológicos, numa Europa marcada por crescentes tensões coloniais e militares que desembocariam na Primeira Guerra Mundial.
Iniciadas na década de 1850 (Londres, 1851), as exposições universais constituem um momento novo no campo das relações públicas e da gestão de eventos. Durante semanas, numa determinada cidade, torna-se necessário garantir as viagens, a alimentação e o alojamento de milhares de pessoas: inventores, cientistas, diplomatas, empresários, banqueiros, mecenas, coleccionadores, autoridades políticas e administrativas, chefes de estado, visitantes. O país anfitrião faz tudo o que está ao seu alcance para transmitir uma imagem de eficácia, eficiência e qualidade, disputando os primeiros troféus (originalidade do pavilhão, patentes).
Fonte: O Occidente, n.º 13, de 1.7.1878

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial