quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Procissão da rainha Santa Isabel, baixa de Coimbra, julho de 1915: um lente da Universidade em hábito talar e borla e capelo, testemunho de que o traje e a insígnias se mantiveram mesmo que confinados a espaços muito restritos nos anos que se seguiram à implantação da República. Entre o século XVII e 1910 foi costume luzidio o reitor, o corpo catedrático, os funcionários e os estudantes integrarem a procissão da Rainha Santa. Cada vez mais raro e difícil de ver, na actualidade ainda é possível encontrar meia dúzia de lentes e de estudantes que vão à rainha Santa em hábito talar. Na década de 1980 a Confraria da Rainha Santa costumava pedir com antecedência a colaboração de meia dúzia de estudantes de capa e batina para fazerem turnos nas varas do pálio. Não sei se ainda costumam ir. Sei que a subida de Santa Clara nos rigores do verão de Coimbra era percurso árduo. Enfim, nada que se comparasse com o sacrifício dos marchantes que levavam o andor da rainha Santa, cujo peso era lendário. Dizia-se que só em baterias de iluminação eram centos de quilos.
Fonte: Ilustração Portuguesa, n.º 491, de 19.7.1915

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