sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Na morte do estadista Fontes Pereira de Melo: exéquias solenes na igreja das Mercês, Lisboa, 26.3.1887
Fontes Pereira de Melo (1819-1887) foi um dos mais importantes estadistas portugueses do período da monarquia constitucional. Destacou-se entre as décadas de 1850-1880 como ministro de estado, presidente do conselho de ministros e promotor do desenvolvimento comercial e industrial simbolizado pela arquitectura do ferro e do vidro e pela construção da primeira rede nacional de caminhos de ferro. Ao contrário do que pensavam e escreveram os adeptos da geração de 70, o fontismo representou um ciclo de notável desenvolvimento, modernização, abertura do país e exercitação da liberdade de expressão. Foi precisamente neste período que o artista Rafael Bordalo Pinheiro concebeu as caricaturas que ainda hoje se encontram profundamente enraizadas no imaginário colectivo sobre o povo, os impostos, os parlamentares e os políticos.
A morte de Fontes Pereira de Melo configura um importante momento de cobertura mediática, em que convergem relato de imprensa e imagens. No caso se Portugal, será a primeira cobertura mediática dedicada á morte de um estadista ainda no activo. Anos antes, a imprensa referira a morte do parlamentar, ministro e presidente do conselho de ministros Duque de Loulé, mas o impacto mediático não nos parece comparável com os relatos dedicados a Fontes.
Fonte: O Occidente n.º 299, de 11.4.1887

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