quarta-feira, 25 de abril de 2012

Escola Nacional (4)
Imagens da camarata, refeitório e aula de ginástica. Escola-internato fundada em 1870 por Barros Proença, seguia a estrutura organizativa preconizada pela maior parte dos colégios laicos: rigorosa segregação de género; segmentação funcional dos espaços públicos, comuns e reservados; disposição uniforme do mobiliário; porte de farda de inspiração militar; normalização da disposição dos objetos nos espaços; elevados padrões de exigência em termos de higiene diária/semanal, recolha de lixos e limpeza de chãos, refeitório, cozinha, sanitários, lavandaria; controlo rígido das posturas corporais, fala e trato entre alunos e professores.
O colégio interno da idade clássica do liberalismo burguês, regido por um minudente regulamento, era uma instituição de controlo disciplinar total que tinha transposto para o século os modelos de gestão testados nos conventos, seminários católicos, casas de correcção e detenção, hospitais psiquiátricos e quartéis militares e colégios militares.
Fonte: O Occidente n.º 959, de 20.8.1905

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