terça-feira, 4 de setembro de 2012

Conjunto de estátuas ornamentais representando alegorias relativas às principais atividades licitamente enquadradas pelo ordenamento jurídico de finais do século XIX/inícios do século XX (códigos civil, penal e comercial) que incarnavam os valores inscritos no ideal do progresso: Indústria, Comércio, Agricultura, Arquitetura (e Artes?). Este tipo de produção, em pedra e em barro vidrado (caso da famosa fábrica de cerâmica das Devesas) destinava-se a consumo de empresas e famílias abastadas nos espaços metropolitanos e ultramarinos. Abrangia casas de habitação, sedes de empresas e palacetes. Recorria-se a figuras de deusas, deuses, musas e ninfas do panteão greco-romano e alegorias inventadas. Os atributos atualizam o legado greco-romano mas apresentam não raro propostas ecléticas. É o caso da Indústria que mantém do deus Hefesto/Vulcano o malho e bigorna (nem sempre) e acrescenta a roda dentada da máquina a vapor que passara a simbolizar a engenharia, os engenheiros e a euforia da primeira revolução indústrial.
Prédio urbano em Lisboa, rua Vitor Cordon.

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