sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Médico-Cirúrgica (2): Decreto de 1 de outubro de 1856, do Ministério do Reino, estabelecendo o uniforme corporativo da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Este seria constituído por um hábito talar de trabalho ou de porte diário, designado por toga, e por uma farda de gala de tipo napoléonico.

Nota 1: o diploma fundacional refere toga e não beca. Contudo, o vocábulo beca ganharia favor na linguagem oral e escrita das escolas superiores radicadas em Lisboa. Do ponto de vista técnico trata-se de uma toga de corpo único que foi buscar à beca judiciária portuguesa (e ao tempo também brasileira) a sobremanga. Este assunto está detalhamente tratado no meu estudo sobre a beca judiciária (2008);
Nota 2: a criação deste traje em 1856 enquadra-se no movimento ocidental de laicização e cientificação do ensino superior, com a consequente consagração das togas de tipo judiciário no mundo académico, a saber França, Itália, Espanha e escolas superiores brasileiras de Medicina e de Direito.

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