quinta-feira, 25 de abril de 2013

Retrato do pároco de Lurdes, Dominique Peyramale (1811-1877) que exercia o múnus ao tempo das aparições invocadas por Bernardette Soubirous (1844-1879). Ficou conhecido pelo seu feitio difícil e colérico. Veste batina talar de um corpo à francesa, com calções, meias altas, cabeção, plastron preto debruado de branco e chapéu de presilhas à francesa ainda com a aba recurvada (após o fim dos estados pontifícios e o Vaticano I viria a tornar-se no capello romano ou saturno, substituindo assim o clássico tricórnio de feltro ou chapéu de três bicos). A batina francesa também apresentava saio delineado por três machos (1 traseiro, 2 laterais), tal como a romana, mas tinha mangas tubulares estreitas e sem debruados e era exageradamente justa no peito e nas costas. Alguns alfaiates franceses confecionavam o saio com panos costurados de través, como documenta esta imagem, em vez de os unirem na vertical como faziam os primorosos alfaiates estabelecidos em Roma. Outro elemento curioso, que penso que tenha definitivamente caído em desuso, era o modo de trajar a faixa, que nos padres franceses vinha sempre com as pontas atiradas para trás. No trajar à romana, ou melhor, à corte pontifícia, as pontas da faixa caiam verticalmente pelo lado esquerdo, tendo até as batinas romanas uns cordões presos entre a cintura e o sovaco para melhor suportar o peso da faixa e evitar que esta escorregasse.

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