segunda-feira, 2 de agosto de 2010


Astronomia
O conjunto de mosaicos que seguidamente se documenta é de autoria do artista António Lino Ferreira Pedras (1961). Estão dispostos em torno das paredes do vestíbulo principal do palácio reitoral da UL, conferindo-lhe elevado grau de solenização e contribiundo para a consolidação da teoria do templo do saber ou casa onde mora Minerva.
Confundida com a astrologia e a magia, a Astronomia é um saber com representação alegórica e atributos desde a Grécia Clássica, onde por vezes aparece confundida com Urania. No desenho curricular das universidades medievais, a Astronomia integrava o Quadrivium. Na passagem da Época Moderna para a Época Contemporânea, e ilustrando o triunfo do método cartesiano e da revolução científica, a Astromia foi deslocada do plano de estudos de Artes Liberais para as Faculdades de Ciências emergentes. No caso vertente, António Lino empresta à lição atributos alheios, colhidos na Geometria e na Arquitectura (compasso), em Cronos (clepsidra), e na reverie dos descobrimentos portugueses (astrolábio). Em todo o caso, o céu estrelado está lá, atravessado pela balestilha, como que a lembrar o céu pintado em naves de igrejas de antanho (Lino tinha estudado em Itália e conhecia bem os frescos e mosaicos das igrejas) e o famoso "el cielo" da Universidade de Salamanca (belíssima cúpula celeste onde não faltam as figuras do zodíaco).
A memória descritiva, se localizada, poderá fazer luz sobre quem sejam os figurantes.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial