Reitoria e pavilhões adjacentes da Universidade de Roma, marcados pelo colossalismo severo da fachada de honra, na qual Piacentini enfatizou as funções de comando com recurso a esquemas geometrizados de fenestração, escadório de aparato e propileus monumental. Os pavilhões adjacentes, de altimetria mais comedida e fenestração repetitiva, confirmam a subordinação dos saberes à ideologia dominante.
Tal como em Coimbra, a ornamentação de fachadas é muito sóbria, impondo-se como "lição" sócio-cultural apoiada pela indispensável mensagem epigráfica. Apercebível e visitável desde 1935, a Reitoria de La Sapienza exerceria irreprimível fascínio nos técnicos de obras públicas dos regimes autoritários de entre guerras.
A moda do classicismo monumental de fácies austero penetrou as fronteiras dos regimes autocráticos de esquerda e seduziu arquitectos activos em países democráticos. A Exposition Universelle de Paris-1937 constituiu o grande momento de convergência exibicionista do gosto classicista monumental. Nessa exposição, inaugurada em 24 de Maio de 1937, como distinguir o Palais de Tokyo (Dondel/Aubert/Viard/Dastugue) dos projectos ali ostentados pela Alemanha, Itália ou União Soviética?
Mais tardiamente, a moda do classicismo monumental totalitário continuaria a lavrar caboucos nas autarcias de esquerda, servindo de exemplo as intervenções de Ceausesco na cidade de Bucareste.
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