domingo, 6 de novembro de 2011

Dois acontecimentos sociais não integrados no perímetro do cerimonial público: um baile galante no palácio Foz (Lisboa) e um jantar de antigos combatentes. Estamos na presença de actos que ganharão visibilidade no tecido social e profissional do século XX, com ulterior integração na categoria de eventos e gestão de eventos. Os manuais de civilidade e boas maneiras sempre mostraram acrescido interesse por este tipo de eventos sociais, inscrevendo nas suas páginas aconselhamento sobre como vestir, como cumprimentar, como falar, como beber e comer. Ao promover a mobilidade social em massa, a democracia veio colocar na ordem do dia a necessidade de profissionalização da gestão de eventos em áreas tradicionalmente omissas ou desconsideradas. Nas revistas mundanas portuguesas de publicadas em finais do século XX/inícios do século XXI surgiram mesmo colunistas cuja função é criticar o vestuário e a toilete de certas figuras mediáticas. Nos USA há revistas e prémios para as figuras mediáticas mais bem vestidas/mais mal vestidas.
Fonte: Ilustração Portuguesa, n.º 14, de 8.2.1904

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