Dança do Rei David, cidade de Braga, Portugal, 2009
Os passavantes e músicos vestem librés de inspiração mourisca e chapéus em formato de fez. Esta dança também é conhecida por "mourisca". Apresenta coreografia cerimoniosa, de tipo palaciano.
Decidi revisitar esta dança tendo em vista um relato setecentista do cortejo dos imperadores do Espírito Santo de Alenquer (1758) que referencia a incorporação de três modalidades de danças já então consideradas antigas: duas pélas de homens com meninas às cavalitas (durante a procissão); duas damas casadoiras que ladeavam o condestável (no adro da igreja de S. Francisco e junto ao dossel real armado na casa do bodo); uma "dança antiga" do reino, que bem poderia ser uma mourisca. Em Portugal e Espanha substistiram na cultura popular diversas danças intituladas mouriscas e "danzas de moros". Em certos relatos os membros da mourisca vestem saios brancos idênticos aos dos pauliteiros portugueses e espanhóis (danzas de palos y fitas) e dançam às ordens de um rei que ostenta um coroa de fantasia. Danças próximas e também muito antigas seriam as dos arquinhos e a dos laços (pares em torno de um mastro, com fitas nas mãos).
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