quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Colarinhos e punhos postiços para camisas masculinas. A industrialização em curso no Ocidente, a democratização dos catálogos de modas sazonais, a abertura dos primeiros grandes armazéns do pronto-a-vestir e a popularização na máquina de costura fizeram surgir na década de 1950 a proveitosa moda dos acessessórios descartáveis. A partir do momento em que o cabeção e volta branca foram tornados facultativos, no ano de 1862, estudantes e lentes passaram a comprar com regularidade nas casas de tecidos e camisarias punhos e colarinhos postiços. Os acessórios referidos eram bastante práticos. Numa altura em que só se tomava banho geral ou de corpo inteiro aos sábados, a camisa branca podia ser usada de segunda a sexta, apenas se lhe mudando colarinhos e punhos. O colarinho raso era uma imitação civil da volta branca romana. Já o colarinho de pontas arrebitadas, que ficaria associado ao smoking, passou a estar na mira dos janotas e dandis que faziam garbo em exibir as orelhinhas por fora do colarinho da batina, não raro com garrido plastron de seda. Bernardino Machado fez-se fotografar em finais da década de 1890 com um colarinho de pontas.
Ainda conheci antigas lavadeiras que nas décadas de 1940-1950 enchiam baldes com estes colarinhos e punhos postiços encardidos, que depois de lavados e engomados iam a distribuir à estudantada.

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