quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Partindo deste exemplo de época, os sapatos autorizados para uso quotidiano entre 1833-1863 era iguais aos aqui fotografados: sola baixa, couro preto, língua comedida, duas aletas lançadas sobre o peito do pé, superiormente perfuradas para fixação dos atacadores.
Uma variante deste modelo, forrada de seda na cor científica de cada Faculdade podia ser usada pelos doutores e detentores de cargos, situação comum às práticas protocolares das casas reais europeias, casa papal e casas episcopais (sapatos litúrgicos).
Estamos em presença de objectos de prestígio que reforçavam as economias artesanais da cidade e serviam para consolidar e afirmar interna e externamente a identidade visual da UC, produzidos em contextos pré-industriais e elitistas.
Não deixa de ser irónico verificar que superados os ciclos do abolicionismo clássico, as reformas estatutárias e a criação do logótipo ou marca institucional voltam a insistir na produção deste tipo de objectos de prestígio, desta feita associados ao capitalismo e à metáfora empresarial.

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