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domingo, 20 de janeiro de 2013

Cena de iniciação de caloiros, Universidade de Uppsala, gravura do século XVII. Os caloiros, vestidos de bobos comparecem perante uma espécie de tribunal que encarrega quatro executores de justiça de aplicar as penas de "desbestialização". Estas penalidades consistiam em fazer extrair do corpo (crânio, nariz, boca) os miasmas através de gigantescos objetos cirúrgicos. De acordo com a informação disponível, estes ritos foram abolidos oficialmente em 1691, o que não significa que tenham desaparecido do imaginário e da cultura oral. À semelhança de outros sistemas punitivos e iniciáticos já estudados nas universidades europeias, um dado que ressalta de imediato é a convergência entre a cultura estudantil, os charivaris populares (cortejos burlescos, paródia ao tribunal de justiça) e o leque de penalidades que constavam nos códigos criminais europeus da época.
Fonte: gravura do acervo da Biblioteca da Univ. de Uppsala, http://www.ub.uu.se/en/Collections/

O Estudo e os seus atributos: estudioso com livro aberto, pluma, candeia e galo vigilante. Na tradição académica conimbricense o estudo é simbolizado pelo Estudante Urso (urso maior ou grande marrão, urso menor ou pequeno marrão), pela vela acesa ("vou estudar uma vela") e pelo mocho de Minerva.
Fonte: Iconologia, Cesare Ripa, 1593/1645