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sábado, 5 de maio de 2012

Cerimónia de graduação na Universidade de Viena

Cerimónia de graduação na Universidade de Viena, 2008.
Um exemplo bem conseguido de densidade, sobriedade e eficácia comunicacional no que respeita à herança patrimonial universitária europeia sem cair na banalidade nem na deriva kitsh.
A cerimónia apresenta um programa assente num conjunto encadeado de atos com a seguinte sequência: entrada da equipa reitoral; chamada em voz alta; ida dos graduandos ao bedel; toque na maça e juramento; entrega dos diplomas; hino académico; oração do representante do curso na cátedra; momento musical.

Formatura na Universidade de Viena (2010)

Cerimónia de formatura na Universidade de Viena, sala de atos, 8.7.2010

-entrada da equipa reitoral precedida pelo bedel
-hinos e peças musicais adequadas ao ato (orquestra de câmara)
-saída

Comissão de estudantes da Universidade de Coimbra que no ínício do ano escolar de 1905/1906 organizou um programa de "Receção aos novatos". Eram estudantes com preocupações humanitaristas, alguns deles republicanos, que procuravam abordar os costumes académicos numa lógica civilizadora e integradora. Reconhecíveis alguns rostos já famosos ou que vieram a dar que falar: Alfredo Pimenta, Aristides de Sousa Mendes, José de Arruela e Henrique Martins de Carvalho (exato, o autor da letra da Balada de Coimbra que ao tempo se chamava do Mondego).
Fonte: O Occidente n.º 968, de 20.11.1905

Visita do Presidente Loubet a Portugal: II (1905)

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Loubet em Portugal (5)
Nesta página, a meio, ministros de estado, diplomatas e vereadores do município de Lisboa (com casaca, cartola e faixa) aguardam a chegada do presidente francês.
Fonte: O Occidente n.º 967, de 10.11.1905

Visita do Presidente Loubet a Portugal (I): 1905

Loubet (1)

Loubet (2)

Loubet (3)

Loubet (4)

Loubet (5)

Loubet (6)
Visita oficial do Presidente da República Francesa Émile Loubet a Portugal. Relato do programa realizado entre 27 e 28 de outubro de 1905, que incluiu: recepção na estação do Entroncamento; recepção na estação do Rossio; cortejo de coches (Rossio/palácio de Belém); visita à Sociedade de Geografia; banquete no palácio da Ajuda; fogo de artíficio e iluminações públicas; visita a Sintra; visita à câmara municipal de Lisboa; retreta no cais das colunas.
Fonte: O Occidente n.º 966, de 30.10.1905

São Tomás de Aquino com o barrete doutoral de Teologia

São Tomás de Aquino, tela proveniente do antigo cadeiral da igreja de Nossa Senhora dos Mártires, Elvas/Portugal. Figuração alada com o símbolo da Sacra Teologia e barrete doutoral.
Fonte: Portugal Dominicano, http://portugaldominicano,blogspot.com.pt/2007/04/toms.html, fotografia de José Silva Ramos

São Tomás de Aquino com o barrete doutoral sobre a mesa de trabalho
Tela a óleo de Juan de Peñalosa, ca. 1610, acervo do Museo de Bellas Artes de Córdoba.
Barrete de base redonda armada em cartão forrado de seda preta, quatro picos e borla de fiapos de seda branca cobrindo tão somente a copa. Pequeno florão central. O mesmo modelo ocorre na galeria dos retratos dos reitores da Universidade de Coimbra.
Fonte: http://sumateologica.wordpress.com/tag/tomas-de-aquino/

São Tomás de Aquino com hábito dominicano, sol resplandecente (símbolo da Teologia), asas (um dos símbolos do "doctor angelicus") e o barrete doutoral iberoamericano com quatro cristas, laurea de seda branca e pega superior em forma de florão aberto. Óleo sobre tela de finais do século XVII/inícios do século XVIII realizado por artista ativo no México/Perú. O modelo de barrete doutoral patenteia uma morfologia pré-barroca, claramente diferenciada da profusão ornamental que viria a ser consagrada nas universidades do México e de Lima, e de que há exemplares musealizados. A este propósito vejam-se os barretes rocailles de Teologia, Medicina e Direito Canónico da Real y Pontifícia de Mexico reproduzidos (infelizmente num mau preto e branco) em Arturo Shroeder Cordero, El abogado mexicano. História e imagen. Mexico: Universidad Nacional Autónoma de Mexico, 1992, acessível em http://biblio.juridicas.unam.mex/libros/libro.htm?l=1098. Os mais aparatosos chegam a atingir 31,5cm de altura (da base à charola).
Fonte: acervo do Brooklyn Museum, http://San_Thomas_Aquino_BrooklinMuseum

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Na gravura superior, folia do Divino Espírito Santo em peditório nas ruas do Rio de Janeiro, ca. 1826
Registo de costumes por Debret (edição em Paris, 1839). De acordo com o título "Vivres portés aux prisonniers, la veille de la Pentecôte", o peditório destinava-se a recolher alimentos para a sopa dos presos. Daí a presença de número alargado de confrades (8) acompanhados de uma folia de negros e dois carros de bois cheios de provisões. Em Portugal as folias também faziam peditórios para as funções do Espírito Santo. Mas não consta que as confrarias do ES recolhessem alimentos para os presos. Essa incumbência estavam reservada às santas casas, nomeadamente no que se referia ao Limoeiro (Lisboa) e à Relação (Porto). Há uma gravura de inícios do século XIX que mostra irmãos da Santa Casa de Lisboa com gaiteiro e caldeirão a recolher víveres para o caldo dos presos.

Folia do Espírito Santo, região de Lisboa, aguarela da década de 1830
Tamborileiro, gaiteiro, alferes com opa, saco das esmolas e bandeira da confraria. Ainda muito presentes velhos elementos vestimentários como os calções, o gorro campestre e o chapeirão de presilhas e oito pompons que foi comum à Estremadura e à Beira Litoral.

Folia do Divino Espírito Santo, Lisboa, década de 1850 (litografia Palhares)
Alferes com opa, bandeira e saco de esmolar, gaiteiro e moço de peditório. Na região de Lisboa terá havido folias com tamborileiro e gaiteiro ativas nos impérios de Colares (o de maior fama), Cascais, freguesia da Lapa e convento do Espírito Santo. As folias acompanhavam a procissão da coroação, a benção das pensões, a distribuição do bodo e os peditórios de preparação da função. Nas procissões que metiam pélas e invenções (danças fantasiadas e alegorias), a folia também garantia o enquadramento musical dos dançarinos como acontecia com as duas pélas que até meio do século XVIII seguiam na cabeça da procissão da coroação em Alenquer. As pélas eram divertidas danças de meninas e donzelas que se usavam nas festas da corte, na procissão do Corpus e nos impérios. No geral eram mulheres dançarinas que levavam meninas aos ombros. No caso do império alenquerense, os bailadores das pélas eram homens que levavam às cavalitas meninas, dançando e pulirando todos com momices, braços abertos e rodopios ao som de tamboril e gaita de foles (no ciclo final, ao som de viola de arame).

Peditório para as festas do Divino Espírito Santo, Rio de Janeiro (?), 1846. Gravura sobre madeira de Thomas Ewbank (Life in Brazil).
Peditório porta a porta com folia composta por 9 confrades, incluindo 3 alferes do estandarte e os foliões com tambor, chamarela (?), flauta e trombetas. Nos peditórios portugueses e brasileiros havia folias que levavam uma custódia que davam a beijar aos ofertantes. Outras não levavam custódia, dando a beijar a franja dos estandartes. As esmolas em víveres e dinheiro eram recolhidas nuns sacos de damasco com o emblema do Espírito Santo bordado. Apenas quatro elementos usam a opa vermelha.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Foliões na recolha do gado

Foliões assistem a recolha do gado confiado pelo imperador aos criadores, seguindo-se o enfeite e o transporte para o açougue. A folia canta à porta da casa de cada um dos criadores e o alferes dá o estandarte a beijar (recorde-se que a iconografia brasileira também confirma este costume).
Sete Cidades, Ilha de S. Miguel, 2011. As carnes eram usadas na distribuição de pensões (esmolas) e na confecção do bodo. Os bois do Divino Espiríto Santo eram bentos e intocáveis, correndo lendas de alguns que sobreviveram a fogos vulcânicos.
Folia composta por tocadores, cantores e alferes da bandeira.

Folia da Bretanha (S. Miguel)

Atuação da Folia da Bretanha, Ilha de S. Miguel, Açores, na RTP1 (2010?)
Formação composta por 8 foliões trajando a antiga opa de mangas e cabeção, cabeça coberta por mitra. Nos instrumentos: pandeiro, violões, rabeca e viola da terra.
Na tradição micaelense um a dois foliões ponteiam violas da terra, prática que também seria comum a algumas das folias ativas em Portugal continental entre os séculos XVI-XIX. Sabe-se que a folia da confraria de Alenquer tinha pelo menos uma viola (de arame) e duas trombetas, e a de Vale de Prazeres (Fundão) também metia viola de arame (a bandurra beiroa).

terça-feira, 1 de maio de 2012

Foliões da Beira, Velas, Ilha de São Jorge (Açores)

Canto-dança cerimonial de entrega das oferendas aos três cavaleiros da Rainha Santa Isabel

Folia da Beira, vila das Velas, Ilha de São Jorge (2008)

Notável performance da Folia da Beira, Ilha de São Jorge, Açores, 2008

Os foliões envergam o tradicional lenço enramado das ilhas centrais. Nalgumas ilhas era fixado em modo de turbante. Noutras era lançado sobre a testa e cabeça, caíndo as pontas pelas costas, tal como era usança masculina em Espanha. Na cerimónia aqui registada, os foliões interagem com com 3 cavaleiros. Estes reatualizam a instauração dos festejos pela Rainha Santa Isabel em Alenquer, simbolizando três escudeiros  que recebem os pães e rosquilhas a distribuir pelos pobres.
Volto a repetir, a exibição é de grande riqueza patrimonial e expressividade estética.

Folia da Ilha Graciosa/Açores (2010)

Performance da Folia da Ilha Graciosa, Açores, nas festas do Divino Espírito Santo promovidas pela Casa dos Açores no Algarve, Faro, junho de 2010

I) Arruada com a folia (tambor, pandeiro, alferes da bandeira) e irmãos/vereadores com varas; II) Canto cerimonial durante o serviço de mesa (bodo)

Em conversa recente com o Diogo Gouveia falámos com alguma demora do notório e ostensivo emprego do cerimonial monárquico português/ibérico e imperial europeu nestes festejos de raiz medieval.
Os foliões do Espírito Santo tiveram expressiva existência cerimonial, visual e sonora até ao século XIX. No tocante às vestes, predominaram as opas com e sem mangas, e a título de cobertura de cabeça as mitras e os lenços garridos atados em modo de turbante. Nos instrumentos, os tambores, pandeiros de soalhas, pratos islâmicos (Ilha de Santa Maria) e gaitas de foles. Em Castelo Branco e na Ilha de São Miguel, as folias integravam as respetivas violas de arame. Na Estremadura, ostensiva presença de alferes da bandeira, tamborileiro e gaiteiro.
Cabia às folias abrir os cortejos e procissões, atuando nas festividades municipais, procissões do Corpo de Deus, festas do Espírito Santo, casamentos e momentos celebrativos do calendário. Os primeiros a esgrimir contra as folias foram os bispos diocesanos, animados dos princípios do Concílio de Trento, que foram proibindo as folias de entrar nas igrejas. E bem sabemos que, cortejo chegado ao adro com foguetório e repiques festivos de sinos, o padre recebia a folia à porta principal do templo com uma sonora vocalização da peça Magnificat, entrando logo os foliões a tocar, a cantar e a dançar nave central fora até ao altar-mor. Outro amigo pouco saudável para a sobreviência das folias foi a proliferação de bandas (filarmónicas) na segunda metade do século XIX, que começaram a entrar nas procissões dos imperadores, mas nunca na vanguarda dos cortejos.
Proibir a entrada dos foliões nas igrejas em dia de coroação de imperador era um ultraje e um contrasenso no entendimento das folias. A folia era o equivalente das charamelas reais e competia-lhe ocupar o lugar de maior honra nos atos, tocando obrigatoriamente no rito da coroação. Ora, a interdição de entrar no templo implicava que a coroação ocorresse sem  folia. Para tentar preencher este vazio muitos párocos tentaram implementar missa solene cantada com coro e órgão.
Em que momentos atuava a folia?

1-toques de alvorada e arruada nos dias destinados à função;
2-mudança da coroa da capela imperial (ou da casa do imperador velho) para a casa do novo imperador (nalgumas terras chamado mordomo e rei);
3-condução do gado dos pastos/curros para o local do abate ("açougue"), indo os bovinos engalanados com fitas e flores (na Ilha Terceira, uma folia com sopros, a cantar o conhecido Pezinho dos Bezerros);
4-entrada do imperador no pátio da casa e meio da casa (sala principal onde estava armado o trono do ES) no 1.º dia da novena (terço cantado);
5 - peditórios de víveres e dinheiros para a irmandade com carros de bois e carroças engalanadas;
6 - transportes da lenha para a copeira (carnes, vinhos, temperos, pães de trigo, pães doces, banha, malagueta, sal, hortelã, louro, frutos em carros de bois);
7-procissão da coroação (ida do novo imperador à igreja);
8-chegada à igreja (porta principal);
9-cortejo solene de entrada do imperador e da sua casa civil e militar na igreja;
10-rito da coroação;
11-cortejo de saída da igreja e regresso ao império (ramada, teatro, cadafalso, capela, conforme as localidades);
12-transporte das sopas, carnes, pães doces e vinhos da copeira para o local do bodo [esta é uma imagem que retenho, a folia a tocar e a dançar na frente dos moços da copeira que traziam os alguidares das sopas e os jarros dos vinhos, distando a copeira uns bons 50 a 60 metros do local do bodo que corria dentro da própria capela em duas mesas corridas];
13 - serviço de mesa durante o bodo (havendo loas próprias para os diversos momentos de serviço de mesa conduzido pelo mestre-sala, pelo trinchante  e pelo escanção);
14 - procissão da recolha dos cestos/açafates dos pães ofertados pelos irmãos;
15-distribuição dos pães e das pensões (oferendas) a todos os presentes e passantes;
16-na visita do novo imperador às casas dos habitantes da localidade para elaborar a lista dos irmãos que se propunham cozinhar e ofertar pães para o ano seguinte.

Leite de Vasconcelos informa que nalgumas terras (Penacova? Beira Baixa?) a folia era composta por seis elementos, sendo três "duques" e os restantes três "marqueses". A casa civil e militar do imperador ou rei era constituida por uma "companhia" de sete oficiais maiores anualmente eleitos: rei, alferes da bandeira, pajem da coroa, juiz da irmandade, tesoureiro e dois mordomos. Curiosamente não refere as figuras dos vereadores ("briadores") das varas, tradição com forte radicação nos Açores, Brasil e comunidades emigrantes nos EUA e Canadá. Para Lisboa e Alenquer fala no pajem do estoque ou condestável do estoque imperial.

Retrato do Doutor Martín Villar y Garcia
Nesta versão, Villar y Garcia é apresentado com insígnias de reitor da Universidade de Zaragoza (murça preta de veludo) e com insígnias doutorais de Filosofia (barrete azul claro, com pega e laurea dourada). Como explicar esta oscilação iconográfica?

Retrato a óleo do Doutor Martín Villar y Garcia (1835-?)
A Universidade de Zaragoza tem vindo a disponibilizar no sítio "Patrimonio de la Universidad de Zaragoza" obras de arte e abundantes retratos a óleo de antigos professores, decanos e reitores. Estes retratos suscitam-nos alguma perplexidade "iconográfica". Temos docentes representados com toga preta e punhos de renda, uns com os punhos de cetim na cor da especialidade científica, outros com simples punhos rendados. Temos detentores de cargos retratados duas vezes, num caso com capelo preto reitoral e barrete na cor da especialidade científica, noutro caso com insígnias da cor da especialidade científica. A análise comparada dos retratos realizados entre a segunda metade do século XIX e a década de 1920 patenteia a evolução morfológica da toga judiciária, especialmente ao nível da transformação da manga de balão em manga tubular. Há reitores cujo retrato regista não o barrete preto mas o barrete sextavado dos bacharéis e licenciados, com borla curta. A murça, em cetim, segue o modelo generalizado em todas as universidades espanholas na década de 1950. Quanto ao barrete, o novo modelo judiciário (com e sem franja laureada) coexiste até finais da década de 1890 com a borla de florão e laurea dourada. No início do século XX este tipo de barrete ficará confinado apenas à Universidade de Coimbra e às faculdades de Direito do Brasil que tinham sido instaladas no século XIX.
Neste retrato, Villar y Garcia figura sentado numa cadeira de couro. Veste toga judiciária preta com bocamangas de renda branca. Não se percebe bem se por debaixo dos encaixes de renda há canhões de cetim azul claro. Ostenta insígnias doutorais em azul claro, cor de Filosofia e Literatura, ciência em que se doutorara na Universidade Central de Madrid (atual complutense). Sobre a murça, banda de seda branca e amarela, cordão e diversas condecorações. Sobre a mesa, borla doutoral com franjado de seda azul, pega e fiapos dourados. Villar y Garcia lecionou hebreu na Universidade de Oviedo e oratória na Universidade de Zaragoza. Nesta última foi decano de Filosofia e Letras (1870-1884) e reitor (1884-1885; 1890-1892). Neste retrato não observamos qualquer mistura de azul claro com vermelho, atendendo a que Villar y Garcia também era licenciado em Direito pela Universidade Central de Madrid. Resta saber qual seja o exato grau de fiabilidade de alguns destes retratos a óleo realizados por Luís Peyo entre 1946-1956. O que se sabe é que trabalhou sobre fotografias de época. Mas também sabemos que as fotografias eram a preto e branco.
Fonte: http://moncayo.unizar.es/web/patrimonioartistico/

Retrato do Padre Doutor Bernardo Augusto de Madureira e Vasconcelos (1842-1926), lente do Seminário de Santarém (1870-1873) e da Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra (1873-1912). Colocado na recém-criada Faculdade de Letras/UC, recusou o cargo. Investigador, polemista conservador, irmão da Santa Casa da Misericórdia de Coimbra e desembargador da relação eclesiástica da patriarcal.

Como está figurado?
1 - representação convencional, comum às universidades históricas da Península Ibérica e América Latina (México e Lima), com o lente sentado na cátedra (estofo branco, cor institucional de Teologia), hábito talar e insígnias doutorais;
2 - não são elementos claramente definidos na fotografia o anel doutoral, as luvas e o solideo (habitualmente usado pelos lentes eclesiásticos, deitando-se-lhe por cima o barrete doutoral);
3 - borla doutoral de modelo cilindriforme barroco (forro de cetim branco e passamanaria de seda branca) colocada sobre credência (é frequente aparecer disposta sobre livros);
4 - capelo doutoral em cetim e veludo brancos, ornado, assente sobre os ombros, fechando apenas os alamares da murça interna;
5 - hábito talar romano composto por batina e capa talares (mandava a etiqueta que fossem em boa seda preta), veste a que tinha direito na qualidade de eclesiástico e que era para todos os efeitos equivalente à veste académica institucional;
6 - nos elementos secundários, sapatos pretos ornados de fita de seda e fivela de prata, meias altas de seda preta, calções pretos, cabeção preto e volta branca.