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domingo, 28 de abril de 2013

Traje e símbolos corporativos do Instituto Politécnico de Lisboa (2010)

O artigo 7.º do Despacho Normativo n.º 20/2009, de 13 de maio, que contém os Estatutos do IPL, postulava a adoção de «emblemática e traje próprios». O Despacho n.º 6/IPL-2010, do Gabinete do Presidente Luís Ferreira, corporizou este objetivo através da publicação das Normas do Traje Académico do Instituto Politécnico de Lisboa, documento que contém dados sobre as seguintes matérias:

-identificação e descrição do traje corporativo, cores autorizadas para cada escola e órgão de direção;
-ornamentação;
-identificação e descrição da cobertura de cabeça;
-identificação e descrição das insígnias.

O documento integra desenhos que permitem reconhecer, confecionar e usar o traje professoral em conformidade com as categorias previstas: cargos dirigentes e posição na hierarquia académico-professoral.
Este regulamento é precedido por outro documento disponível no sítio web do IPL, «Heráldica e traje académico», que fornece informação iconográfica e textual sobre o escudo, a divisa, a bandeira, o estandarte e a medalha.
A decisão do IPL, que segue de perto uma proposta do Prof. Paulo Morais, marca uma viragem na herança das escolas técnicas e politécnicas portuguesas de ensino médio e superior que não tinham trajes corporativos nem insígnias oficialmente aprovadas. Caso das escolas normais de formação do professorado do 1.º ciclo (ensino primário), caso das escolas do magistério primário, caso de institutos de comércio e de contabilidade.
Perante o vazio institucional, verificou-se que nos institutos politécnicos mais próximos das áreas de influência da Universidade de Coimbra e da Universidade do Porto os próprios alunos imitaram o património universitário e inventaram aleatoriamente cores, insígnias, emblemas e distintivos. Por seu turno, e alinhadas com as tendências da procura juvenil e familiar, casas de pronto-a-vestir também inventaram produtos kitsch que alimentam uma vasta  indústria de consumo de contornos semelhantes ao comércio medieval de falsas relíquias. Esta era a situação existente desde ca. 1980 em muitos dos estabelecimentos politécnicos portugueses onde existem múltiplos trajes para estudantes, cores atribuídas a cursos, anéis para graduados e códigos de «praxe» produzidos sem qualquer diálogo com os gabinetes de presidência. Um dos maiores desafios que se colocam aos gabinetes de presidência dos institutos politécnicos é o deixar de fazer de conta que esta realidade inexiste e pensar de forma sustentada no como melhorar e aproveitar o que está criado.
Ao enveredar pela consagração de uma política estratégica de gestão da sua imagem corporativa, a presidência do IPL replica no essencial o paradigma de traje e de insígnias mais comummente adotados nas universidades ocidentais. Trata-se de um modelo que carece de ser repensado, porquanto centrado no órgão de direção e no professorado, que importa matizar e enriquecer com os contributos de uma nova visão integrada onde também devem caber os funcionários (ou os seus representantes), os estudantes (com os seus trajes, símbolos e insígnias, mesmo que a precisar de reconfiguração heraldística e vestimentária) e os formandos. Solenidades como a posse do Presidente, a Abertura Solene do ano académico e o Dia do Instituto serão certamente muito importantes, mas são no essencial festas de professores, que não respondem ao que os alunos-clientes e as famílias esperam de uma cerimónia de formatura.
Com esta criativa e corajosa decisão, o IPL rompe com uma cultura académica civil portuguesa sem símbolos nem insígnias e posiciona-se inteligentemente nos cenários internacionais com recurso a uma política comunicacional sem fronteiras. O documento é nos seus traços gerais eficaz, bem construído e isento de erros. Ficam algumas dúvidas quanto às fontes utilizadas e à descrição e morfologia da «gorra». Um vocabulário e uma bibliografia específica poderão ajudar a valorizar uma versão revista deste projeto que pode perfeitamente ser aproveitado como capítulo de um manual de protocolo académico.
Fontes:
-Heráldica e traje académico, http://www.ipl.pt/media/identidade-corporativa/heraldica-e-traje-academico;
-SILVA, Jorge - «A exemplo das grandes instituições europeias Instituto Politécnico de Lisboa adopta armas e traje académico», in POLITECNIA n.º 23, janeiro de 2010, pp. 10-13, http://www.ipl.pt/sites/ipl.pt/files/politecnia_no_23_0.pdf;

Diário da visita do marquês de Pombal à UC (1772)

I

II

III

IV

V

VI: Diário ou relato dos acontecimentos e do cerimonial praticado na UC durante a visita de estado feita pelo marquês de Pombal em setembro/outubro de 1772 no âmbito da reforma geral do ensino superior.
Recolha, transcrição e publicação de José Maria de Abreu in O Instituto, Volume I, 1852-1853.

Estudantes/seminaristas do Colégio dos Gregos estabelecido na cidade de Roma durante um recital dado em 2009. Batina talar grega e gorra.