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sábado, 7 de junho de 2008


Báculo ortodoxo
Momento protocolar ocorrido em 2004, com o Metropolita Ambrósio, do Kosovo, o Bispo Ireneu (no meio, na função de tradutor), e o Bispo Teodósio, este último com o tradicional báculo cerimonial: fuste esculpido, sulcado de aneis e dourado, remate superior em cruz sustentada por duas serpentes. Reivindicando a herança simbólica da vara de Araão e do cajado do "Bom Pastor", a versão ortodoxa invoca também a ligação de Moisés à serpente e a disputa dialéctica.


Báculo episcopal
Remate superior do báculo do Cardeal Ruini, Presidente da Conferência Espiscopal italiana. Remetendo a um tempo para a vara de Aarão e para o cajado do "Bom Pastor", o báculo episcopal rematava com empunhadura recurvada, visualizando-se em espécimes mais ancestrais uma serpente enrolada. O elemento referido é bem mais explícito no báculo dos bispos ortodoxos.

Varas de confrarias
Modelos em prata, disponíveis em Espanha, para confrarias e irmandades.

sexta-feira, 6 de junho de 2008


Vara de Vereador
Capa, faixa, chapéu e vara dourada de vereador da Câmara Municipal de Coimbra, usança que perdurou até 1910. Falta neste conjunto a espada. Nos finais da década de 1980 estas varas estavam acondicionadas na Torre de Almedina, conjuntamente com as de juiz e de oficial de justiça, e chegaram mesmo a ser utilizadas na cerimónia de investidura da equipa do Presidente Manuel Machado, situação reportada pela imprensa local.
A CMC é detendora de uma colecção bastante completa de varas de edil, preservada na Casa da Cultura. Quanto à cidade do Porto, também há notícia de espécimes preservados do arquivo histórico da Casa do Infante. As de VNFamalicão foram canalizadas para o Museu Bernardino Machado.

Vara de Juiz
Remate superior de Vara de Juiz de Direito, conforme a tradição portuguesa. Madeira pintada de branco, com aneis dourados a espaços, figuração das Tábuas da Lei, balança e feixe de pretor romano (período da 1ª República).
Fonte: acervo museológico do TRC

Guarda-Mor
Guarda-Mor das Escolas Gerais ou Guarda-Mor da Univerisidade de Coimbra em traje de gala e vara. Compete a este oficial fechar a rectaguarda dos cortejos universitários, devendo exibir uma vara branca idêntica à antiga vara dos meirinhos. Por vezes nota-se alguma confusão entre a insígnia distintiva do Guarda-Mor e o bastão de porteiro, insígnia que na Universidade de Coimbra é privativa do Mestre de Cerimónias.
Fonte: postal ilustrado com erro na legenda identificativa



Bedel

Bedel da Universidade de Coimbra em traje de gala semelhante ao que usaram vereadores municipais e meirinhos das justiças. Falta neste conjunto o chapéu preto de aba larga, cujo uso se perdeu no século XVIII, época em que a exibição das cabeleiras postiças suplantou as coberturas de cabeça.

Neste cliché de 1878, José Maria dos Santos regista um bedel da Universidade de Coimbra com maça alçada e punhal à cinta. De acordo com o protocolo desta instituição, a autonomia de cada uma das Faculdades é simbolizada pela maça exibida por um bedel. Os bedeis desfilam na frente do Reitor, por se considerar que este representa a cabeça da Universidade. O primus inter pares deste corpo é o bedel da Faculdade de Artes Liberais, dado que no conspecto dos saberes instituídos e ensinados pelas universidades históricas a Filosofia era considerada a mãe de todas as ciências. Este peculiarismo implica que em certas representações protocolares o Reitor possa prescindir dos bedeis, mas fique obrigado a levar na sua frente pelo menos o da Faculdade de Letras.

As maças conimbricenses são de modelo peninsular posterior a 1560, exibindo a típica envolta de aletas e o grilhão. À semelhança de Oxford e de Cambridge são levadas "alçadas" ao colo e não ao ombro.

Fonte: imagem cedida pelo Dr. Alexandre Ramires